Pesquisar este blog

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pequena Estrela



Apaixonei-me por ti, pequena estrela.
Quanta alegria!
A esta altura tenho junto a ti uma doce aurora que se converte em harmonia.
Solicito teu semblante longo e solto às primaveras,
Haverá de suprimir toda sentença,
Corromper esta sintaxe, Marília Bela!
Pois, teus lábios dizem mais que palavras são capazes de dizer.
Corrói as pedras pelo sopro de teu âmago,
Teu peito é córrego onde transitam forças.
Aperta meus ossos em pensamento, em desespero
Ao repulsar em vida toda distância.
Eu sinto cheiro de infância, ela recai sobre minha pele feito chuva.
Uma vertigem me toma de imediato trazendo o amor à tona, mas também o medo.
Vivo agora tua procura na superfície descriminada, Linda figura.
Tu determinada, lanças sobre mim fortes doses exaustivas de ausência.
Mas sem querer deixa-me a mercê da indiferença tornando meu vazio irrelevante.
Mesmo assim minha consciência ainda o reconhece a qualquer distância.
Entretanto e muito além cultivo a ti no coração, quero que saiba.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Porque para amar...


É preciso mais que amor, é preciso coragem para se magoar e se desfazer para o bem do outro,
esmagar sua maneira particular e intrínseca de pensar e de viver por um amor que por vezes não será o bastante...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Seguindo meu coração



Eu ainda seguro meu coração como se pudesse mantê-lo em segurança. Ele não foi feito para ser forte.
Conquisto teu coração sem intenções. Garanto-te.
Confesso a ti que tenho medo, não acredito que eu possa ser feito de paixão e poesia. Tenho uma alma tímida.

Eu nem sabia que buscava sentido em ti
Só agora descobri que entre nós há mais do que o ar e a gravidade.
Convenci-me. Não era para ser convencional...
Por mais que eu tente divergir,
Tu terás o limite de minhas ações em tuas mãos, 
E olhe que isto não passa de intuição!
Porque inexplicavelmente às vezes, ouço meu coração,
Sigo meu coração e ele me leva ao seu.

Meu coração me diz que sinto alguma coisa por ti!
Eu grito a ele: Não vá sofrer, tente entender 
Isto não é para nós!

Eu luto,
Tentando fazer sentido
Trazer a verdade à tona,
Cair no mundo real e dizer
Estou farto de querer-te sem pensar
Ou procurar explicações para nossa ligação.
Não tem definição.

Eu ouço teu coração porque sigo o meu.
Guardo-o em minhas mãos,
Mas não tenho forças para sufocar as rachaduras que possa causar.
Não posso prometer que não vou te magoar,
Só quero que saiba que esta é a última coisa que farei
Por ser totalmente inevitável que aconteça.
Eu ainda meto os pés pelas mãos,
Eu ainda perco o meu controle
Sabendo que não estou pronto para te pertencer.

Mas pertenço-te sem querer e não quero mais deixar-te.
Todas as vezes que sigo teu coração eu sigo o meu, 
Que ouço meu coração eu ouço o seu.
Existe uma ligação profunda e inerente entre nós.
Eu sinto.



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dimensões da existência- minhas versões entre visões de Augusto dos Anjos...

Quanto a mim, realizo a proeza de estar exatamente no meio, entre o princípio e  o fim...
Então só me resta um inacabado ser poeta e o previsível pedaço lacunar de alma finda 
em sombras densas de sentimento e confusão.
Prontidão não se dá até que tudo se acabe e minha matéria viva, enquanto essência, 
Então finalmente pereça indiscriminadamente.
Entre este longo/curto espaço de tempo(a vida), fatalmente condeno-me a consolidar 
doces palavras amargas sobre a última quimera.


  • Última quimera de Versos Íntimos, Eu de Augusto dos Anjos. 

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sinais de separação...Suprema verdade ou terrível mentira?


Meu mundo é sentimento de pura tormenta na doce loucura que teus céus almeja,
Lanço meus olhos ainda tontos sobre os teus, naufragados de incertezas,
Sorrisos seguros concertam minha boca, até agora estática
e sem pensar rasgavam tua mente em segredo e dúvida.
Não é para fazer sentido (são só previsões)
Somente nossos sinais de separação,
Meus sinais de desilusão, conflito internos e sangramentos profundos, cujo o coração ainda resiste em sepultar.

Eu ainda quero acreditar que seus olhos dizem sim, mesmo que tua boca diga não,
clamando repulsão nas horas que te abraço, pedindo para partir quando quero que fique.
E quando quer ficar não me deixa sair sem que me machucar ou me fazer te magoar.
Será o fim? Indecisão. Suprema verdade ou terrível mentira?
Como pude me envenenar assim...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fernando Pessoa - Simplesmente amor( Título imposto por mim)


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Madrigal Melancólico- Manuel Bandeira


O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tudo ao Nada



Tudo o que sei  é que
nada que possa ganhar,
nada que possa perder me faz perceber que
Tudo o que posso entender
é que nada talvez seja tudo o que sempre terei
Porque tudo talvez seja o nada que eu possa fazer para mostrar o que sinto.


Você não é capaz de enxergar 


Que me importa a esta altura e a esta hora?
Se lá fora a chuva continua querendo manchar o céu
mesmo que sol continue rompendo minhas janelas.
Se as folhas tendem sempre a cair no inverno 
e ainda posso sentir o cheiro da terra, das flores, do campo
sempre que quiser tocá-las.

A verdade é que esse sentimento não se consolida sem ti
Sem os concessões que meu coração te dá
Fora de tudo isso não restará bem mais que o desconhecido. 
Sim, meu querido dentro de mim, tu és um sonho adormecido,
Jamais concretizado ou visto 
E tudo o que posso te dar é vida,
e o pairar desatento de meus pensamentos.


Realize-se materializado contentamento,
mediante aos meus anseios mais infames!



quarta-feira, 20 de abril de 2011

Teu sorriso...


Um profundo e intransponível sopro de vida, contundente, pertinente e perspicaz.


Augusto dos Anjos, do cosmos e do átomo...


O Martírio do Artista


Arte ingrata! E conquanto, em desalento,
A órbita elipsoidal dos olhos lhe arda,
Busca exteriorizar o pensamento
Que em suas fronetais células guarda!


Tarda-lhe a Idéia! A inspiração lhe tarda!
E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento,
Como o soldado que rasgou a farda
No desespero do último momento!


Tenta chorar e os olhos sente enxutos!...
E como o paralítico que, á mingua
Da própria voz e na que ardente o lavra


Febre de em vão falar, com os dedos brutos
Para falar, puxa e repuxa a língua,
E não lhe vem á boca uma palavra!


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vivacidade


Não há poesia para isso, somente um coração contente e satisfeito em se sentir vivo...
Só vale a pena escrever a partir do momento em que a até isso nos falta.
Até porque nessas horas nossas almas não costumam conversar,
o coração pega todas as palavras só para si.
Elas chegam ao céu, suaves.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Durante longo tempo eu fui...


A projeção do nada  e o nostálgico seguro,
um complexo encaixe das explosões sentimentais.
Tão imaturo quanto a vida e tão incerto quanto o futuro,
nada mudou quando conheci você,
Eu com certeza continuo sendo o mesmo ou um pouco mais do que sou
Continuo sendo romântica, inconstante e instável
mas penso em tudo o que faço,
justifico meus atos,
 e com uma única e grande diferença
Não tenho mais medo do que você pode causar
ou gerar em mim.
Não já me sinto mais presa a você.


Fatalidade


Nada como a saudade,
Essa miserável fatalidade,
Mascarada de pudor
que consome nossas almas
as custas de nossos sentimentos.
Será possível? Será destino? Não creio nisso
a gravidade parece imperdoável 
quando nos junta, logo nos afasta 
para mais longe que infinito.
Eu sinto inevitavelmente essa distância,
Quantos prejuízos pro meu coração sensível.


terça-feira, 29 de março de 2011

As vezes tudo o que nos resta fazer é...


Pedir socorro quando o coração cair
Mesmo que exista receio em confiar
Durante muito tempo eu fui temeroso em descansar
depois de você me roubar todas as noites de sono
e as melhores palavras da boca.
Foi nessa hora que eu comecei a pedir ajuda,
eu respirei de novo como se fosse possível.
Depois de tanto tempo me sinto bem agora.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Eu não sabia...


Algo me dizia que eu sentiria sua falta só não sabia que poderia ser tanto assim...

Porque...



Porque para alguns o amor é mais do que beijos, meia dúzia de sonhos e doces palavras, é um motivo para o coração se inspirar e traduzir os sentimentos, desvendar todas palpitações possíveis, todas as sensações visíveis e invisíveis de quem escreve.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Certifiquei-me de que...


A melancolia é o eterno e último brilho do poeta, veneno torrente que penetra corações entorpecidos.
E também ausência de si mesmo, máscara de dor, excesso de sonho e de desilusões dispersas, diversas...
 Devaneio sonso difuso com ar, sobreposto de amor e agonia.
Então, tristeza materializada em lágrimas e grito.
Arritmia, Guerra e Paz.
                                                                                                                           




sábado, 12 de março de 2011

Os vulneráveis



Amor?  Somos amigos por tanto tempo e agora?

Incertos, nossos olhos condenam-se lançando questionamentos, o medo é recíproco, o sol nos aperta até a verdade nos tocar, resistimos muito tempo e tudo o que posso dizer é que ficaremos bem, vamos sobreviver depois de tudo.
(Porque será que tudo isso é tão bom?)
O futuro há de se apegar ao nosso peito, durante as frustrações presentes e tudo que nos restará será a doce lembrança deste momento de pureza.

Mas eu não quero te perder nem me desligar do teu abraço quando essa hora chegar...





segunda-feira, 7 de março de 2011

Pulsares


Aos poucos a meiguice é notável, já se pode ver o mar,
   o ar retorna a superfície e teus braços já fazem sentido,
agora sou parte  de ti...
Eis que nesta hora tudo se completa, ganha vida,
      morre, renasce, perfuma os campos com futuro
e ao fim parte em desalento e desencanto
rompendo a luminosidade do sol.
  
Sozinha A tristeza não é capaz de suportar,
o alçar dos pássaros e o fundo do rio, 
ao qual se entrega desvairada  e insolente.
O sentimento em si parece ser tão seguro quanto O sonho 
e tão imune quanto A poesia,
quando encontra o poeta, cria calos em sua abatida alma, 
ilude, grita e dita todos os pulsares.
    Sobre as frases cria harmonia tal qual não se prevê ou se conhece.


            

Nesta alvorada


Vislumbra-me com teus sonhos
e com os ventos que vem sobre ti
Assim como o mar, este que tem sido tão seu, até aqui
e as cores que recobrem tua face, nesta alvorada.
Nestes instantes meu ser suspira enquanto observo-te,
meu afeto é mais puro e previsível,
Somente enquanto te abraço meu coração então recorre a poesia.

Durante os períodos de primavera, enquanto as flores se abrem,
a poesia renasce.

Nos alvos da razão, apelo a tua mente,
Procuro pensar, pensar sobre ti
em tudo que se passa em teus pensamentos.
O quanto talvez possas corresponder-me,
Talvez assim eu tome coragem de te admirar aos poucos,
há uma distância segura, estável...

domingo, 6 de março de 2011

Instabilidade de paz


Eis o fascínio da última contemplação: tu e nada mais.
E a inspiração dos amantes mais nobres: nosso amor, 
ele sempre foi do jeito que deveria ser, um disforme entre fases.
O ímpeto suspiro de nossas almas, quando se alinham, promove instabilidade de paz...


terça-feira, 1 de março de 2011

De qualquer forma


De qualquer forma,
É necessário amor em tudo que houver de ser feito
E que meu coração, seja o melhor que poder ser em alguma coisa sendo ele mesmo 
Nem menos e nem mais do que seja capaz de transmitir
Principalmente quando eu me pegar pensando e falando de ti.

Quantas e quantas coisas fizemos de nós mesmos
durante todo esse tempo?
Mesmo assim ele não deteve os teus impactos em mim.

Você que não era mais do que fruto da minha imaginação,
Agora é real.
Todos os teus fracos e fortalezas também são reais.
Tudo o que era impróprio de tua natureza
é tão seu como as estrelas pertencem ao céu e
O mais seguro em ti é o teu fraco quando se deixa
ser mais brando.
 E nunca foi tão brando como é agora...

Antes de tudo
Eu me armei quando você chegou
porque nada pude esperar,
nada podia prever a teu respeito.
De qualquer forma, isso não importa mais.
Hoje eu te encontrei e
Não paro um só segundo de pensar em tudo isso.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dias frios






Aos teus olhos, querido
  meus sinceros sentimentos,
minha estima mais fiel,
      meu sorriso mais bonito,
      e os dias mais frios desta temporada.
    Pois o inverno nos propõe 
    o abandono da solidão
     e o total apego pela vida e pelo amor...

Eu exponho todos os espinhos
que cortam meu coração
quando você percorre o
infinito da saudade
mas é a agonia dos frios dias
 que te inspira a volta-se para mim,
ainda que em silêncio,
Este é  o momento que me apego aos teus olhos.
Você sabe corresponder como ninguém  nossa forte sintonia
e ainda se fazer mais entendido.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Cais


Ah! porque tudo é magia e confronto, homogeneidade própria do coração e esta reconhece o ser, cria cavernas e abrigos por onde passa, onde se esconde, o amor então gera vida nos corações mais receosos, controle a quem não pode se conter e segurança para quem te medo.
Ah! E o cais longe de nossas almas é plataforma/salto para o ''eu mesmo'', para o poeta secreto que guardamos no peito.
O sentimento nos pega pela mão feito criança e nos força a seguir nosso instinto que daqui a pouco é traido pelo coração.
Ah! Teus braços  são raiz(princípio), verniz(profundidade) e coentro(calmaria) é afeto e sentidos e eu uma vítima de ti, do devaneio do teu pensar...
E tu uma parte de mim que insisti em sair, se mostrar, decompor as palavras que correm de minha boca em poesia...

sábado, 1 de janeiro de 2011

Uma pequena conversa sobre Amor...


Você disse...

Só não me peça para aceitar as coisas elas são,
Só não me diga que o tempo passou e que o sonhador abriu mão do seu sonho,
 Que nada vai me ensinar o amor não correspondido,
Que correr riscos não faz parte da vida,
Que é tolice sofrer por amor,
Que tudo é uma caretice,
Que o amor não é mais tão doce, tão vivo e tão capaz como já foi um dia,
Que sentir algo especial se tornou brincadeira,
Que nada mais pode ser feito pelo mundo e pelas as pessoas,
Que a vida pode não ser tão boa quanto parece,
Que você não é forte o suficiente para resistir à distância,
 E que encanto se extinguiu,
Por que vou acreditar em ti, só não posso garantir que serei o mesmo amanhã...

 E eu disse:


Só não me diga que tudo é amor e que o exalo, respiro e vivo,
Que quase tudo acabou e que ele é o preço do sonho, hoje em dia.
Que tudo entre nós podia ter sido diferente.
Que nós poderíamos ter sido e não fomos tão felizes quanto qualquer outra pessoa que foi feliz.
Que é loucura minha querer ter você para sempre e que você continua me amando assim com eu amo você...
Que a chuva programou este encontro e que Deus nos trouxe de volta mais uma vez.
Por que vou acreditar em ti, só posso garantir que amarei você amanhã mais do que amo hoje...


 E como sou grato por isso, meu bem.
Mandy