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terça-feira, 28 de junho de 2011

Sinais de separação...Suprema verdade ou terrível mentira?


Meu mundo é sentimento de pura tormenta na doce loucura que teus céus almeja,
Lanço meus olhos ainda tontos sobre os teus, naufragados de incertezas,
Sorrisos seguros concertam minha boca, até agora estática
e sem pensar rasgavam tua mente em segredo e dúvida.
Não é para fazer sentido (são só previsões)
Somente nossos sinais de separação,
Meus sinais de desilusão, conflito internos e sangramentos profundos, cujo o coração ainda resiste em sepultar.

Eu ainda quero acreditar que seus olhos dizem sim, mesmo que tua boca diga não,
clamando repulsão nas horas que te abraço, pedindo para partir quando quero que fique.
E quando quer ficar não me deixa sair sem que me machucar ou me fazer te magoar.
Será o fim? Indecisão. Suprema verdade ou terrível mentira?
Como pude me envenenar assim...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fernando Pessoa - Simplesmente amor( Título imposto por mim)


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Madrigal Melancólico- Manuel Bandeira


O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tudo ao Nada



Tudo o que sei  é que
nada que possa ganhar,
nada que possa perder me faz perceber que
Tudo o que posso entender
é que nada talvez seja tudo o que sempre terei
Porque tudo talvez seja o nada que eu possa fazer para mostrar o que sinto.


Você não é capaz de enxergar 


Que me importa a esta altura e a esta hora?
Se lá fora a chuva continua querendo manchar o céu
mesmo que sol continue rompendo minhas janelas.
Se as folhas tendem sempre a cair no inverno 
e ainda posso sentir o cheiro da terra, das flores, do campo
sempre que quiser tocá-las.

A verdade é que esse sentimento não se consolida sem ti
Sem os concessões que meu coração te dá
Fora de tudo isso não restará bem mais que o desconhecido. 
Sim, meu querido dentro de mim, tu és um sonho adormecido,
Jamais concretizado ou visto 
E tudo o que posso te dar é vida,
e o pairar desatento de meus pensamentos.


Realize-se materializado contentamento,
mediante aos meus anseios mais infames!