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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Teu sorriso...


Um profundo e intransponível sopro de vida, contundente, pertinente e perspicaz.


Augusto dos Anjos, do cosmos e do átomo...


O Martírio do Artista


Arte ingrata! E conquanto, em desalento,
A órbita elipsoidal dos olhos lhe arda,
Busca exteriorizar o pensamento
Que em suas fronetais células guarda!


Tarda-lhe a Idéia! A inspiração lhe tarda!
E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento,
Como o soldado que rasgou a farda
No desespero do último momento!


Tenta chorar e os olhos sente enxutos!...
E como o paralítico que, á mingua
Da própria voz e na que ardente o lavra


Febre de em vão falar, com os dedos brutos
Para falar, puxa e repuxa a língua,
E não lhe vem á boca uma palavra!


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vivacidade


Não há poesia para isso, somente um coração contente e satisfeito em se sentir vivo...
Só vale a pena escrever a partir do momento em que a até isso nos falta.
Até porque nessas horas nossas almas não costumam conversar,
o coração pega todas as palavras só para si.
Elas chegam ao céu, suaves.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Durante longo tempo eu fui...


A projeção do nada  e o nostálgico seguro,
um complexo encaixe das explosões sentimentais.
Tão imaturo quanto a vida e tão incerto quanto o futuro,
nada mudou quando conheci você,
Eu com certeza continuo sendo o mesmo ou um pouco mais do que sou
Continuo sendo romântica, inconstante e instável
mas penso em tudo o que faço,
justifico meus atos,
 e com uma única e grande diferença
Não tenho mais medo do que você pode causar
ou gerar em mim.
Não já me sinto mais presa a você.


Fatalidade


Nada como a saudade,
Essa miserável fatalidade,
Mascarada de pudor
que consome nossas almas
as custas de nossos sentimentos.
Será possível? Será destino? Não creio nisso
a gravidade parece imperdoável 
quando nos junta, logo nos afasta 
para mais longe que infinito.
Eu sinto inevitavelmente essa distância,
Quantos prejuízos pro meu coração sensível.